ATA DA NONAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 10-11-2004.
Aos dez dias do mês de novembro de dois mil e
quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Isaac
Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz e Maristela Maffei.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Almerindo
Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal,
Gerson Almeida, Helena Bonumá, João Bosco Vaz, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maria Luiza, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos
e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Octogésima Sétima,
Octogésima Oitava e Octogésima Nona Sessões Ordinárias e da Ata Declaratória da
Nonagésima Sessão Ordinária, que, juntamente com a Ata da Octogésima Quinta
Sessão Ordinária e a Ata Declaratória da Octogésima Sexta Sessão Ordinária,
foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador João Antonio Dib, os
Pedidos de Providências nos 2058, 2059 e 2060/04 (Processos nos
5232, 5233 e 5234/04, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, os
Pedidos de Providências nos 2061, 2062 e 2063/04 (Processos nos
5239, 5240 e 5241/04, respectivamente) e o Pedido de Informações n° 162/04
(Processo n° 5223/04). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 349,
350, 351, 352 e 353/04, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Resolução n°
114/04, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Elói
Guimarães, Cláudio Sebenelo e Aldacir Oliboni; em 2ª Sessão, o Projeto de
Resolução n° 111/04, os Projetos de Lei do Legislativo nos 203, 204
e 205/04. Na ocasião, foi apregoada a Emenda n° 01, de autoria do Vereador Luiz
Braz, ao Projeto de Resolução n° 114/04 (Processo n° 5207/04). Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador Luiz Braz reprovou a idéia de antecipação de receitas da
Prefeitura, afirmando que essa prática prejudicaria o planejamento orçamentário
para o próximo Governo Municipal. Em relação ao assunto, afirmou que o
ex-Governador Olívio Dutra teria utilizado esse processo, ocasionando, dessa
forma, dificuldades financeiras no primeiro ano de gestão do Governador Germano
Rigotto. O Vereador Carlos Pestana relatou sua presença na reunião de transição
realizada ontem entre o atual e o futuro Prefeito Municipal, assegurando que em
nenhum momento foi cogitada a antecipação de receitas municipais. Também,
criticou o enfoque dado pela imprensa ao assunto e discorreu acerca das medidas
que vêm sendo tomadas pela Prefeitura Municipal, no sentido de que o próximo
Governo tenha plenas condições de governabilidade. O Vereador Ervino Besson
advogou a criação de uma Lei Federal determinando que prefeitos e governadores
utilizem somente os recursos do período para o qual foram eleitos, evitando,
dessa forma, o comprometimento do orçamento para os próximos governos. Também,
declarou que seria indevida a antecipação de receitas pela Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, salientando que o Orçamento da Cidade para o ano de dois mil e
cinco ainda não foi aprovado por este Legislativo. A Vereadora Clênia Maranhão
argumentou que o processo de transição no Governo Municipal deve ser pautado pela
mesma coerência da época da campanha eleitoral, elogiando a postura adotada
nesse sentido pelo Prefeito João Verle e defendendo a participação da sociedade
civil nesse processo. Ainda, declarou que os dados disponíveis aos Senhores
Vereadores, acerca da situação financeira de Porto Alegre, não demonstram a
necessidade de antecipação de valores pelo Executivo Municipal. O Vereador Sebastião Melo analisou a
possibilidade de antecipação na arrecadação de tributos municipais, lembrando
que alguns impostos dependem de liberação por parte do Governo do Estado e não
somente do Executivo Municipal. Também, reportou-se a ações políticas para melhorar
o Centro da Cidade, citando, como exemplo, a abertura de ruas para o trânsito
de veículos, o comércio ambulante realizado por camelôs e a instalação de
câmaras de vídeo para maior segurança à população. O Vereador Elói Guimarães,
mencionando a importância do período de transição do atual Governo para a
próxima gestão municipal em Porto Alegre, enfatizou a necessidade de haver um
perfeito entendimento entre os dois lados, haja vista diferenças de cunho
ideológico entre o Partido que está deixando a Prefeitura e aquele que irá assumi-la.
Ainda, manifestou sua preocupação com a possibilidade de antecipação de receitas
municipais por parte do atual Governo Municipal. O Vereador Professor Garcia
discursou sobre a transição do comando do Executivo Municipal, externando sua
opinião de que esse período será predominado pela tranqüilidade e cooperação
mútua. Também, comentou notícias dando conta da antecipação de receitas
municipais, explicando que essa medida, além de permitir ao atual Governo
quitar compromissos típicos do mês de dezembro, proporcionaria descontos à
população que antecipasse o pagamento de alguns tributos municipais. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às
quinze horas e trinta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e nove minutos, constatada
a existência de quórum. Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria da
Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Foi aprovado o Requerimento n° 143/04 (Processo n°
5274/04 – Realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia da Seicho-No-Ie), de
autoria da Mesa Diretora. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo n° 101/04, por vinte e dois votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto
Moesch, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela
Maffei, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo e
Wilton Araújo. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo n°
004/04 e os Projetos de Resolução nos 123/03 e 083/04. Na
oportunidade, a Senhora Presidenta registrou a presença do Senhor Paulo Odone,
candidato eleito a Vereador de Porto Alegre para a próxima Legislatura, pelo
Partido Popular Socialista. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o
Projeto de Lei do Legislativo n° 010/01 e os Projetos de Resolução nos
059, 103, 104, 105 e 106/04. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o
Projeto de Lei do Legislativo n° 335/03 e as Emendas nos 01 e 02 a
ele apostas. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo n° 01 ao
Projeto de Lei do Legislativo n° 008/04, considerando-se prejudicado o Projeto
original. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo n° 008/04, a
Vereadora Margarete Moraes afastou-se da Presidência dos trabalhos, nos termos
do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os
Projetos de Resolução nos 073 e 074/04 e os Projetos de Lei do
Legislativo nos 020 e 129/04. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi
aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica n° 004/02, por vinte e sete votos
SIM e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Beto
Moesch e Ervino Besson, tendo votado Sim os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá
Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino
Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza,
Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo e optado pela Abstenção o
Vereador Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Legislativo n°107/03, o Projeto de Resolução no 070/03 e a Emenda n°
01 a ele aposta e o Projeto de Resolução nº 095/03. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo n° 071/04, o qual, após ser
discutido pelo Vereador Adeli Sell, teve sua discussão adiada por duas Sessões,
a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Nereu D’Avila. Em Discussão
Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo n° 167/99, o qual
obteve quatro votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Elói
Guimarães, Guilherme Barbosa e Pedro Américo Leal, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores João Antonio Dib,
Carlos Pestana, Gerson Almeida e Maristela Maffei, votação esta declarada nula
pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às
dezesseis horas e quarenta e três minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelos Vereadores
Elói Guimarães, João Carlos Nedel e Ervino Besson e secretariados pelos
Vereadores João Carlos Nedel e Ervino Besson. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Passamos à
(05 oradores/05
minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC. N.º 5207/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 114/04, de autoria da Mesa
Diretora, que altera o texto em vigor da Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de
1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre).
2.ª SESSÃO
PROC. N.º 4893/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 203/04, de autoria do
Ver. Pedro Américo Leal, que denomina Rua General Telmo de Oliveira Sant’Anna
um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Partenon.
PROC. N.º 4919/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 204/04, de autoria do
Ver. Guilherme Barbosa, que denomina Rua Domingos da Silva um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Camaquã.
PROC. N.º 4920/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 205/04, de autoria do
Ver. Guilherme Barbosa, que denomina Rua dos Biazetto um logradouro público
cadastrado, conhecido como Beco dos Biazetto, localizado no Bairro conhecido
como Aberta Morros.
PROC. N.º 4959/04 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 111/04, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Frederico
Lamacchia Filho.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, no meu entendimento a Pauta é um dos momentos mais importantes das
nossas Sessões Ordinárias, as quais acontecem às segundas, quartas e
quintas-feiras. É nesse momento que nós vamos tomar conhecimento - se estiverem
presentes os Vereadores no plenário, é claro - dos debates em torno dos
Projetos apresentados. Até o fim do ano, contando com o dia de hoje, nós temos
quatorze Sessões Ordinárias, e, nesse período, se apresentam, também para
discussão de Pauta e depois votação, na Ordem do Dia, alterações no Regimento.
Se eu disse que a Pauta é um dos
momentos mais importantes, há algumas alterações no Regimento que me deixam
muito preocupado. O artigo 48, segundo a alteração aqui proposta, passa a ter a
seguinte seqüência: às segundas e quintas-feiras: verificação de quórum,
distribuição, Tribuna Popular, Grande Expediente, Comunicações e, a seguir, a
Pauta. Bom, tanto quanto eu conheço esta Casa, se eu somar a Tribuna Popular, o
Grande Expediente - que eu não consegui ler, porque só recebi agora -, hoje tem
64 minutos, quando respeitam o tempo, o período de Comunicações, que tem 40
minutos, quando respeitam o tempo, e depois as famosas Comunicações de Líder -
que não respeitam o Regimento, porque a Comunicação de Líder deve ser
solicitada ao Presidente para um assunto de importância extraordinária e
relevante, urgente, mas, usamos a Comunicação de Líder para qualquer coisa -,
só depois vamos entrar na Ordem do Dia; então, às segundas e quintas-feiras, em
geral, nós não vamos votar nada.
Aí eu pensei: como hoje é
quarta-feira, não há Comunicações, não há nada, vamos entrar, imediatamente
após a Pauta, se não houver Comunicações de Líder, na Ordem do Dia e votar os
Projetos de Lei. Deve haver mais de uma centena hoje. E, aí, nas quartas-feiras
se pretende: verificação de quórum, Tribuna Popular, Grande Expediente outra
vez - hoje nós não temos nem Grande Expediente, nem Comunicações -, Pauta e,
depois da Pauta, Ordem do Dia. Acho que pelo menos esse Grande Expediente da
quarta-feira poderia sair fora para que se possa trabalhar um pouco mais na
Ordem do Dia, respeitadas as Comunicações de Líder, dentro do que preceitua o
atual Regimento, mas sempre é muito difícil aplicá-lo, porque cada um absorve a
lei da forma que mais lhe interessa. No ano passado eu quis interpretar o
Regimento da maneira mais simples. E, aí, votávamos por unanimidade destinando
o Grande Expediente. Só que não usávamos o Grande Expediente para aquilo que
ele foi destinado. Disseram-me que eu estava errado, inclusive a Comissão de
Justiça disse que eu não tinha razão.
E, por falar em Comissão de
Justiça, aqui está que o processo que for julgado inconstitucional ou
inorgânico pela Comissão de Constituição e Justiça, o seu autor poderá fazer a
Justificativa, a qual só não será aceita se a unanimidade dos integrantes da
Comissão de Constituição e Justiça a rejeitarem. Eu acho que não precisa ser a
unanimidade, tem de ser a maioria mesmo, porque não há razão de unanimidade,
senão nós vamos continuar apresentando projetos inorgânicos, inconstitucionais
que serão levados à votação, depois o Prefeito veta, depois nós derrubamos o
veto, após, então, o Prefeito vai à Justiça, e aí a Câmara fica
envergonhadamente derrotada na Justiça porque nós cometemos equívocos.
Portanto, hoje é o primeiro dia
de debate, hoje eu recebi este material, Sr. Presidente; vou estudá-lo melhor e
voltarei à tribuna para continuar a sua discussão. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Apregoamos a Emenda nº 01 ao PR nº 114/04, ou seja,
ao Regimento (Lê.): “Inclui parágrafo único no art. 157, com o seguinte teor:
Art. 157 [...] Parágrafo único. Às 16 horas, impreterivelmente, e se ainda não
o foi naquela sessão, será anunciada a Ordem do Dia, e a Presidência dará
início aos procedimentos previstos no art. 158.” Assina a respectiva Emenda o
Ver. Luiz Braz.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Desiste. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a
Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, ingressa hoje, em 1ª Sessão de Pauta, o Projeto de reforma do nosso
Regimento. Ele é aguardado com ansiedade, porque a sociedade busca uma
aceleração dos trabalhos da Câmara, e esse Projeto visa justamente a atender
aos reclamos da população, a acelerar o trabalho, a produção da nossa Câmara. É
um trabalho extenso que precisa de uma análise profunda.
O Ver. João Antonio Dib falou
aqui das suas sugestões, dadas também para se analisar mais profundamente o
Regimento. E nós temos muitos aspectos. Agora mesmo entrou uma Emenda do Ver.
Luiz Braz visando justamente a que a Ordem do Dia, uma parte importante da
nossa Sessão, tenha início impreterivelmente até às 16h. É uma Emenda
importante e, é claro, deve ser analisada sob vários contextos. Nós poderemos
também colocar a Ordem do Dia somente num dia especial, na quarta-feira, por
exemplo. Os outros dias, quem sabe, fiquem mais para a discussão política.
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre Ver. João Nedel, eu disse que não havia tempo para fazer uma análise, e
eu vejo aqui a proposição de que o Grande Expediente tenha apenas 20 minutos e
que um só orador o utilize, sendo inscrito automaticamente. Portanto, a cada 36
Sessões, o indivíduo volta a falar. Eu quero dizer que no ano passado havia
essa proposição e não foi tranqüila, portanto é preciso realmente haver uma
análise melhor.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Efetivamente nós investimos muito tempo nesta Casa
em homenagens e em comparecimentos, porque, realmente, esta Casa é a
ressonância da nossa Capital. Nós temos de fazer algumas homenagens, sim. Nós
tivemos aqui empresas centenárias que contribuíram fortemente com o nosso
desenvolvimento e que precisam do reconhecimento desta Casa, sem dúvida. Nós
tivemos, há pouco tempo, dois Colégios que fizeram cem anos de fundação, com um
trabalho imenso em prol da juventude, da educação da nossa sociedade. Mas é
claro que nós devemos limitar isso. Houve uma mudança no Regimento permitindo a
cada Vereador dois períodos de Grande Expediente por ano e um período de
Comunicações por ano, ou seja, três momentos para homenagear, para ressaltar ou
para enfatizar determinado assunto.
Viu-se, na prática, que há um
excesso. Essa orientação de 20 minutos, um orador dando aparte para aquelas
Bancadas que desejarem se manifestar, ao estilo de como funciona na Assembléia
Legislativa, é uma idéia importante. Mas, na reunião de Mesa, hoje, Ver. João
Antonio Dib, ficou definido que cada Bancada colocará uma pessoa à disposição
para que a gente possa fazer uma sistematização, uma síntese, e lutarmos,
efetivamente, para que este Regimento, para que esta alteração do Regimento
seja efetivamente votada neste ano, para funcionar no próximo exercício, no próximo
mandato.
Então, é importante que esses
trabalhos sejam agilizados para acelerar os trabalhos da nossa Câmara
Municipal, pois a sociedade muito espera dela.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
(O Ver. João Carlos Nedel assume
a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(João Carlos Nedel): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Ver. João Carlos Nedel, na presidência dos
trabalhos, Srs. Vereadores e Vereadoras, em Pauta, dentre tantas iniciativas,
nós temos o Projeto de Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992. Talvez pelo
número ele seja desconhecido, mas é o Regimento Interno da Casa, um instrumento
extremamente importante para todas as Casas e instituições, porque é por meio
dele que se concretiza o fim, o objeto das disposições que nele se contemplam.
São os cânones processuais para se atingir a finalidade, que é exatamente o
Direito material, ou seja, em última análise, o encaminhamento, o fim dessa ou
daquela instituição.
Então, os Regimentos são
instrumentos importantes, e pelo Regimento se terá uma maior ou menor dinâmica
e priorização de determinadas funções do órgão; no caso, da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Tenho para mim que, ao longo desse tempo, uma série de
interferências, por assim dizer, fizeram com que se diminuísse, na Casa, o
debate político. A estrutura atual do nosso Regimento encaminha para menos
debate político, para menos polêmica, embora nós tivéssemos, em função dessa
afirmativa, um certo sacrifício da Ordem do Dia. Assim, nós precisamos - e hoje
tivemos uma reunião de Mesa - aprovar as alterações, para que no ano que vem a
nova composição da Casa, a nova Câmara encontre já devidamente estruturado o
Regimento Interno, com capacidade de dar respostas às importantes funções da
Câmara Municipal.
Tenho para mim que se deve
estabelecer uma regra de limitação em todos os setores e espaços do Regimento
Interno, porque o que se verificou e o que se verifica são determinadas
matérias que são levadas, por assim dizer , à exação, e isso faz com que muitas
vezes a mídia, a imprensa, com infundadas razões, faça observações do
funcionamento da Casa que deixam a desejar.
Então, nós precisamos aprovar
alterações no Regimento, e já está em tramitação, em Pauta, a alteração do
Regimento. Evidentemente, todos haveremos de dar aqui a colaboração no sentido
de se fazer uma alteração ao Regimento Interno que deixe a Casa andar dentro da
sua dinâmica, sem enfrentar obstáculos que prejudiquem a sua função, que é
também mais importante, por assim dizer, que é a função fim, exatamente a Ordem
do Dia. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
(O Ver. Elói Guimarães reassume a
presidência dos trabalhos.)
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, está na Pauta de
hoje o Projeto de Resolução da Mesa Diretora que altera o texto em vigor da
Resolução nº 1178, de 1992, e algumas alterações posteriores que foram feitas.
Essas alterações visam a melhorar e intensificar as discussões, especialmente
no que diz respeito à política, e são necessárias para o aperfeiçoamento da mecânica
de funcionamento desta Casa. Mas eu ainda não encontrei e quero revisar melhor
para ver o que se pode fazer, Sr. Presidente Elói Guimarães, para inaugurar um
período especial de proselitismo político que abranja, pelo menos, quinze
minutos de pronunciamento a respeito de um tema determinado, como nas Casas
superiores da Nação, onde o Senador e o Deputado Federal têm um espaço maior de
definição a respeito de assuntos complexos, polêmicos, intensivos e extensivos
em relação ao esgotamento do que se entende do tema em debate. Seria uma
fórmula para que os Vereadores não tivessem, pelo menos nos instantes mais
polêmicos, pelo menos por Bancada, essa limitação genérica de mais ou menos
cinco minutos. No Grande Expediente é um pouco mais, são oito minutos, mas nas
Comunicações temos cinco minutos; nas Comunicações de Líder, cinco minutos; nas
comunicações de Pauta, cinco minutos, e nas comunicações da Pauta Especial, dez
minutos.
Realmente, nós temos Vereadores que falam, cada um,
na Pauta Especial por dez minutos, e os que falam na Pauta comum por cinco
minutos muitas vezes precisam até de mais tempo para expor, mas não têm. A
criação desse tempo especial seria uma forma de exposição de um problema, de um
projeto não só polêmico. Seria necessário o compromisso do Vereador com a
didática, com a verdade do tema e, principalmente, eu não digo esgotar, pelo
menos, com a intenção de diminuir as arestas que possam representar temas dessa
ordem, os quais são muitas vezes genéricos, muito difíceis de serem condensados,
consolidados, prensados apenas em cinco minutos. Realmente não é fácil a
síntese em casos genéricos. Por isso, nós Vereadores já estamos necessitando
desse tempo especial de, no mínimo, quinze minutos, em que se poderá fazer uma
exposição maior, mais sólida e mais compreensível. Talvez seja essa uma grande
conquista para o melhor entendimento dos projetos. Era isso.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu creio que o Projeto em discussão, em primeiro
dia de Pauta, é muito oportuno, porque nós realmente validamos aqui a Comissão
criada para fazer um estudo de mudanças no Regimento. E o que se está propondo
na mudança do Regimento são várias coisas que realmente têm dificuldade de
funcionar na Câmara de Vereadores. Vou elencar aqui alguns exemplos que são de
extrema importância, para que a população também saiba o que a gente está
propondo.
Se revisarmos um pouco a última
Legislatura, lá no início da Legislatura, veremos que os Partidos fizeram um
acordo para que houvesse uma composição na Mesa Diretora. E essa composição se
deu através da proporcionalidade dos Partidos. Logo ali adiante, uma vez já
constituída a Mesa Diretora, eleita a Mesa Diretora, um Vereador decidiu, por
si só, trocar de Partido. Automaticamente, pela reforma que está sendo proposta
aqui, ele deveria entregar o cargo ao Partido que ele pertencia. Na época, ele
não procedeu dessa forma, ele não só continuou no outro Partido como também
levou a vaga daquele Partido que o apoiou. A reforma do Regimento faz com que
esse Vereador entregue o cargo e, ao mesmo tempo, passe a disputar no Partido
pelo qual optou na proporcionalidade que lhe é de direito. É evidente que nós
percebemos que, se estamos aqui propondo uma mudança para que os Partidos sejam
representados, deve haver uma representação daquele Partido que o apoiou. É um
fator importante e positivo para que haja a reforma no Regimento.
Se avaliarmos do ponto de vista
das Comissões, quando são distribuídos alguns Projetos na Casa, os Vereadores
têm até 15 dias para emitir Pareceres - e, às vezes, demora três meses para
surgir um Parecer. Não há como! Ou nós exigimos que se cumpra esse prazo ou se
cria uma penalidade para o Relator do Projeto. Há muitas questões extremamente
importantes como sugestões de mudança do Regimento.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver.
Oliboni, para que V. Exª não cometa um equivoco, inocentemente, quero alertar
V. Exª de que, no acordo feito para esta Legislatura que finda, o PDT, segunda
maior Bancada, ficou de fora do acordo feito nesta Casa. Para que fique claro.
Seu discurso está correto, mas só para alertar que o PDT não participou do
acordo feito. Estamos isentos nessa situação.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Muito bem. O Ver. Besson está lembrando que o PDT
não participou da Comissão que elaborou a proposta de mudança do Regimento.
Mas quero lembrar ainda que, além
dos dois fatores que lembrei, podemos, por exemplo, elencar a questão da
presença dos Vereadores na Casa. Sabemos que a Sessão inicia às 14h ou
14h15min., e grande parte dos Vereadores só comparece na Ordem do Dia e ganham
presença. Há Vereador que chega às 17h, na Ordem do Dia, e ganha presença. Não
seria oportuno que os Vereadores que chegam às 14horas, 14h15min ganhem
presença? Não é justo que isso aconteça? Ou será que vamos abonar os
trabalhadores da iniciativa privada ou de muitas outras empresas que chegam
atrasados? Eles não serão descontados nos seus contracheques? Há muitas coisas
aqui que são extremamente importantes de serem discutidas, porque a presença
dos Vereadores no plenário é de extrema importância para que a Casa ande e para
que se votem os Projetos propostos. Eu acho oportuna e de extrema importância a
reforma no Regimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, nós estamos atravessando agora um momento extremamente importante
para Porto Alegre. A nova Administração, aquela que vai assumir no dia 1º de
janeiro, está em contato com esta que já pode ser considerada a velha
Administração, a fim de que o processo de transição possa se dar de forma
democrática, pacífica e de forma a contemplar a sociedade porto-alegrense com
números que vão fazer com que o ano que vem possa funcionar bem.
Mas uma coisa já começa
assustando: o Prefeito João Verle, que está encerrando a sua Administração,
anuncia para o Prefeito que vai assumir a próxima Administração - o Prefeito
Fogaça - que pretende fazer uma antecipação de Receita. Sabe o que significa
isso, Ver. Sebenelo, meu Líder, neste ano, nesta Legislatura, aqui na nossa
Câmara Municipal? Significa que os recursos que nós vamos ainda votar para
2005, aquele dinheiro que está sendo contado para que se possa fazer a Saúde, a
Educação e todos os procedimentos normais em 2005, aqueles recursos que vão ser
utilizados pelo futuro Prefeito, possivelmente, de acordo com o anúncio do
Prefeito João Verle, vão ser utilizados para pagar, quem sabe, o 13º dos
funcionários públicos municipais.
E eu vejo anunciar que a
Administração do PT, em Porto Alegre, está às mil maravilhas, que o nosso
Orçamento é tão bem administrado que não falta dinheiro para nada; muito embora
eu sempre leia, ano após ano, pelo menos nos últimos tempos, que existe um déficit
orçamentário na Prefeitura Municipal. Mas as notícias que eu mais ouço dizem
que existe uma magnífica administração em Porto Alegre. Ora, se existe uma
magnífica administração em Porto Alegre, se nós temos realmente um Orçamento
bem trabalhado, nós deveríamos esperar, Ver. Elói Guimarães, que agora, no
final do ano, o Prefeito João Verle e as pessoas que administram a Prefeitura
Municipal estivessem, realmente, planejando o final da sua administração com o
dinheiro que foi previsto, com os recursos que foram previstos no Orçamento de
2004, e não, de repente, fazer exatamente o que o ex-Governador Olívio Dutra
fez com o atual Governador Rigotto. O que fez o Governado Olívio Dutra na
época? Fez a mesma coisa; e eu chamo isso de sacanagem. Antecipou Receita,
pegou Receita que ia ser utilizada ainda pelo futuro Governador Rigotto e
deixou o Rigotto falando sozinho, ano após ano, dando explicações para o
funcionalismo público, porque, afinal de contas, ele não pegou o Orçamento
inteiro. É exatamente isso que querem fazer também aqui no Município de Porto
Alegre com o Fogaça. Não querem dar o Orçamento inteiro para que o Fogaça e o
seu grupo possam trabalhar no ano de 2005. Sabe por que, Ver. Elói? Para que
eles possam ficar aqui criticando, para que eles possam, quando chegar no final
do ano, dizer: “Está vendo, ele não foi capaz de administrar esta Cidade; ele
vai ter de antecipar Receita, vai ter de fazer operações de crédito para que
possa, realmente, honrar todos os seus compromissos”.
E é assim que trabalha esse tal
de Partido dos Trabalhadores. É assim que ele faz há muito tempo, é assim que
ele vem, ano após ano, sacrificando as outras Administrações que não pertencem
ao seu Partido. Eles sempre procuram fazer com que as outras Administrações não
tenham recursos, que fiquem sempre a depender de operações e mais operações de
crédito para sobreviver. Mas eu acredito que esta Câmara deve estar vigilante.
Eu acredito, Ver. Elói Guimarães, que esta Câmara deve cobrar e ter ações para
não permitir que o atual Prefeito João Verle haja da mesma forma como o
ex-Governador Olívio Dutra agiu com o atual Governador Rigotto. Nós temos de
fazer com que o próximo Orçamento - o Orçamento de 2005 -, que nós vamos votar
aqui até o final deste mês de novembro, seja inteiro para ser trabalhado pela
próxima Administração, porque, senão, vai ficar muito difícil. Olha, aconteceu
isso, eu me lembro que no ano passado houve até um empréstimo do DMAE para a
Prefeitura Municipal - está lembrado disso, Ver. Elói? -, para que todos os compromissos
fossem honrados. Agora, não. Agora eles falam em antecipar a Receita de 2005,
para não permitir que o Fogaça possa trabalhar com o Orçamento completo. Se
isso acontecer, eu só posso chamar de sacanagem! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
(A Verª Margarete Moraes assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS PESTANA:
Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, fui designado pelo Prefeito João Verle
para ser uma das duas pessoas a compor a Comissão de Transição em conjunto com
a Comissão designada pelo futuro Prefeito, José Fogaça. Ontem participei do
primeiro ato de transição no Salão Nobre da Prefeitura. E quero afirmar, Ver.
Luiz Braz, com toda a clareza e convicção, com a mais absoluta transparência,
que em nenhum momento, durante a conversa extremamente cordial, respeitosa,
transparente, democrata que houve entre o Prefeito atual e o Prefeito eleito,
se tratou o IPTU. Em nenhum momento esse tema foi tratado! Eu participei de
toda a reunião. Ao contrário das afirmações, a reunião se deu num clima de
total cordialidade, de forma respeitosa. O que aconteceu - e acho que
infelizmente a nossa imprensa fez uma leitura equivocada do encontro da
transição - é que posterior ao encontro houve, sim, questionamentos por parte
de setores da imprensa sobre a possibilidade de antecipação do IPTU. E aí eu
quero dar mais um testemunho, porque acompanhei toda a entrevista do Prefeito
João Verle: em nenhum momento ele afirmou que iria antecipar o IPTU. Ele disse
que não tinha opinião sobre isso, que necessitava dos relatórios e que esse
assunto não estava na pauta. Então, as afirmações da imprensa não são verdadeiras!
Segundo, é evidente que o
Município de Porto Alegre está num contexto. Não é de graça que os jornais
noticiaram, ontem, por exemplo, que o Governo do Estado estava procurando
antecipar as Receitas de ICMS e de IPVA e que, talvez, elas não fossem suficientes
para pagar o 13º salário, que talvez de novo tivessem de recorrer ao empréstimo
junto ao Banrisul. A Famurs está fazendo um movimento junto ao Governador para
antecipação de Receita. Então, nós não podemos considerar que essa hipótese - e
hoje é uma hipótese, porque em nenhum momento o Prefeito afirmou que iria
antecipar os recursos - seja compreendida como uma espécie de retaliação ou
como uma alguma artimanha ou armadilha para o futuro Governo. As dificuldades
do Município não são somente do Município de Porto Alegre, mas do conjunto dos
Municípios de nosso Estado.
Nós - e aí falo não em meu nome,
mas do Prefeito João Verle - fizemos questão de tratar essa transição da forma
mais tranqüila possível; o Prefeito João Verle já tinha ligado para o candidato
eleito José Fogaça na semana passada, colocando-se à disposição. A partir do
momento em que o Prefeito eleito ligou para o Prefeito João Verle, de pronto,
marcamos essa audiência, da qual fizemos questão que toda a imprensa
participasse para que houvesse a transparência necessária. O Prefeito João
Verle, de imediato, comprometeu-se a disponibilizar o Solar Paraíso e já deu
publicidade das suas primeiras medidas, entre elas: a exoneração de todos os
CCs até o dia 31 de dezembro, bem como a determinação aos Secretários para
apresentarem um conjunto de relatórios de cada Secretaria a fim de que o
próximo Governo tome conhecimento de todos os projetos que estão em andamento,
em desenvolvimento neste Governo, para que não haja um processo de descontinuidade,
em nome do interesse público.
Então a versão que se tenta
constituir não corresponde à verdade dos fatos. Nós reconhecemos a legitimidade
deste Governo que se elegeu e vamos trabalhar para que essa transição se dê com
tranqüilidade e da forma mais transparente possível. Essa foi a sinalização que
o Prefeito João Verle fez para o futuro Prefeito José Fogaça, e é dessa forma
que vamos trabalhar na Comissão de Transição. Independentemente do desfecho
futuro, posso assegurar - não só ao Ver. Luiz Braz, refiro-me a ele porque me
antecipou na tribuna - ao conjunto dos Vereadores, em particular àqueles que
nos assistem, que a nossa idéia é entregar uma Prefeitura em condições, com o
Orçamento ajustado. É evidente que não está sobrando dinheiro, vamos ter de tomar
algumas medidas até o final do ano, mas será entregue um Orçamento equilibrado,
ajustado e com um conjunto de projetos em andamento, que é do conhecimento
desta Casa e da população, como o PIEC, Projeto Integrado de Entrada da Cidade;
como a finalização da 3ª Perimetral; como o Projeto Socioambiental, que já está
acabado e pronto para ser encaminhado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sr. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pela
TVCâmara, eu queria saudar a todos. Ver. Carlos Pestana, eu não quero aqui
duvidar de suas palavras, mas os jornais de hoje, Vereador, têm outro enfoque.
Na capa do jornal Correio do Povo há uma foto em que o futuro Prefeito está
reunido, e, na página 10 do jornal Zero Hora, há este comentário (Lê.)
“Transição com ameaça de conflito”. Portanto, acredito que, quando os jornais
publicam uma matéria desse nível, há algo de concreto. Deveria haver, sim, uma
lei. Talvez o Senado e o Congresso Nacional, no futuro, votem uma lei rígida
para que os governadores, para que os Prefeitos usem os recursos no período
para o qual foram eleitos e não os recursos da futura Administração.
Muitos das senhoras e dos
senhores que nos acompanham vão-se lembrar de quando o Governo Olívio Dutra, no
final do seu Governo, negociou, na calada da noite, com o Governo Federal, a
estadualização de alguns quilômetros de estradas BR para RS. Passando, sim, a
recuperação dessas rodovias que estavam em péssimas condições para o próximo
Governo, o do Governador Rigotto. Então, essas coisas têm de ser ditas. O
Governo Olívio Dutra fez essa negociação, e a população, no decorrer do tempo,
ficou sabendo por intermédio da imprensa. Agora, há a Lei de Responsabilidade
Fiscal, e o Ministério Público e Tribunal de Contas têm de fiscalizar isso.
Ver. Luiz Braz, o que o Governo
quer agora? A antecipação do IPTU, do ICMS e outros recursos para poder pagar a
folha. Recursos os quais vamos votar aqui nesta Casa para o próximo ano. E como
é que o Governo vai lançar esses recursos para poder suprir os seus
compromissos? Não pode. Como já disse, eu acho que devem existir leis mais
rígidas para que o Presidente, os Governos e os Prefeitos usem os recursos no
período para o qual foram eleitos. Agora, é diferente, por exemplo, se hoje o
nosso Governador Rigotto pede antecipação de alguns recursos para poder suprir
folha de pagamento, 13º salário, enfim, ele está usando os recursos do seu
mandato, que é no período de quatro anos, está dentro do seu período. Agora, o
Prefeito utilizar recursos do outro mandato, que é do outro Prefeito, aí há
muita diferença, sem dúvida nenhuma, porque esta Casa está estudando os
recursos, o Orçamento que votaremos aqui, em breve, para o próximo mandato da
Prefeitura. E como é que o Prefeito vai lançar mão desses recursos? E como é
que ficam os recursos que vamos aprovar aqui para o próximo mandato? Está certo
ou errado? Está errado, minha gente, sem dúvida nenhuma!
Eu tenho o maior respeito pelo
Ver. Carlos Pestana, eu acho que o nosso Prefeito João Verle, homem de bem,
escolheu V. Exª, um homem moderado, temos respeito por seu trabalho. Agora, não
posso duvidar, meu caro Vereador, da legitimidade da nossa imprensa. Está aqui
na capa do Correio do Povo, bem como na página 10 da Zero Hora, há uma ampla
matéria. Portanto, não sei se vamos acreditar no Ver. Carlos Pestana ou na
nossa imprensa. Sem demérito a V. Exª, Vereador, eu ainda fico com a nossa
imprensa. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
evidentemente, num processo de transição como o processo que nós estamos
vivendo agora, essa temática vai pontuar uma série de debates neste Parlamento.
E isso não poderia ser diferente. Como Parlamento da Cidade, na condição de
Vereadores das diversas Bancadas, seguramente, temos a responsabilidade de
acompanhar esse processo.
Eu apenas queria fazer dois
rápidos e importantes registros, segundo a minha avaliação: primeiro, a
expectativa que temos é que o clima que se estabeleceu nas eleições de Porto
Alegre - incentivado, inclusive, pelo futuro Prefeito José Fogaça, no sentido
de que as eleições e a disputa eleitoral se dessem no campo das idéias, das
propostas, dos debates políticos - permeie o processo de transição. E, para
fazer justiça, a relação política que se tem estabelecido após o processo
eleitoral, seja por parte do atual Prefeito João Verle, seja por parte do
futuro Prefeito José Fogaça, tem prosseguido nesse campo das relações políticas,
dos contatos diplomáticos e institucionais.
O Prefeito João Verle recebeu, no
dia de ontem, o futuro Prefeito José Fogaça, com as duas respectivas equipes,
visando fornecer os dados necessários para que a equipe de transição possa
fazer o trabalho de diagnóstico. Nesse momento, o que tem sido defendido pelo
futuro Prefeito é que o processo de transição tem de cumprir algumas pautas,
sendo que a primeira delas é o conjunto de informações do atual Governo, da
máquina administrativa, e, num segundo momento, que o processo de transição tem
de ser aprofundado com a sociedade civil, por meio de reuniões, onde as
diversas entidades, os conselhos possam colocar seus posicionamentos. Ainda não
se entrou em uma outra temática que não seja essa. O futuro Prefeito José
Fogaça colocou uma série de quesitos, apresentou-os numa reunião que aconteceu
na própria Prefeitura, e esses quesitos foram acolhidos pelo Sr. Prefeito com a
proposta de repassar à equipe de transição os dados solicitados.
Nós não acreditamos - até porque,
como Vereadores, conhecemos muito bem a situação financeira do Município - que
vá haver antecipação da cobrança de impostos. Inclusive fazendo justiça aqui à
reunião de ontem, acompanhada pelo Ver. Carlos Pestana, isso não foi tema da
reunião. A própria imprensa noticiou que essa questão foi tratada
posteriormente à reunião, nas entrevistas. Nós achamos importante esse tema ser
acompanhado, porque a situação financeira da Prefeitura não nos demonstra,
segundo todos os dados que temos nesta Casa, nenhuma necessidade de antecipação
dos valores, quer sejam do IPTU quer sejam ICMS. Mas eu acho que o fundamental
desse processo é que nós, representantes da Cidade, possamos mostrar ao
conjunto da sociedade brasileira a qualidade política dos debates, esperando que
a transição se dê da forma mais democrática, mais ampla, mais participativa e
mais respeitosa, preservando a tradição democrática, política e republicana das
instituições políticas de Porto Alegre, como tem sido feito até este momento.
(Não revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO:
Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; colegas
Vereadores e colegas Vereadoras, relativamente a essa reunião de ontem, Ver.
Pestana, envolvendo a equipe que logo em seguida vai assumir a Prefeitura e a
equipe que vai deixar a Prefeitura, eu acho, Ver. Dib, que estão fazendo
“tempestade em copo d’água”. Eu aqui, de longe, olhando, acho que as coisas
estão normais. Se se vai antecipar ICMS e IPVA, isso não depende do Prefeito
Municipal, isso é uma coisa que depende do Governo do Estado, e os Prefeitos
poderão ou não se beneficiar dessa medida. Agora, por que é que o Governo do
Estado vai antecipar os recursos? Bem, nós sabemos da herança que ficou lá
atrás e que vem perdurando ao longo desse processo, quando o Rigotto assumiu o
Governo do Estado. É evidente que a questão do IPTU é uma versão da imprensa, e
acho que deve ser tratada no seu leito natural.
Mas eu quero falar aqui,
Presidenta, de uma matéria que li hoje sobre a questão do Centro da Cidade. Eu
não conheço pormenores do projeto do Prefeito que ora vai assumir a Cidade
relativamente a esta matéria, mas, Ver. Dib, fazer a abertura das poucas ruas
que ainda restam para o trânsito de veículos achando que isso é a solução para
o Centro de Porto Alegre, desculpem-me, esse não é o “caminho da roça”. O
Centro da Cidade tem que ser tratado num conjunto de ações de políticas
públicas e parcerias que precisam ser realizadas com menos discurso e com mais
práticas.
Não vamos tratar a questão dos
camelôs como caso de Polícia! É preciso encontrar uma alternativa segura para
os camelôs que lá estão há 10, 20, 30 anos; o Poder Público deixou que eles lá
continuassem por várias Administrações, pelos 16 anos que estão terminando e
outras que por lá passaram e não construíram alternativas. Ao construir uma
alternativa, o Prefeito passa a ter legitimidade para colocar “tolerância
zero”.
Também tem que enfrentar, sim, a
questão das câmeras de vídeo no Centro da Cidade, numa parceria com o
empresariado, com o Governo do Estado, com a Secretaria de Segurança do Estado,
o que é outro caminho. Tem que enfrentar, Ver. João Dib, um Projeto que há
muitos e muitos anos está devidamente amadurecido, chamado Integração do Rio
com a Cidade, que é muito mais do que simplesmente dizer que vai derrubar o
muro, não! É preciso encontrar um caminho, num projeto de parceria, que ninguém
venha discutir paternidade, se é do Governo do Estado, se é da Prefeitura; quem
deve ganhar com isso é Porto Alegre. Agora, eu não vi, por exemplo, tratar da
maior rodoviária aberta do País e do mundo, que é a Av. Salgado Filho. Isso tem
que ser resolvido, Presidenta.
Então, quero dizer que é muito
simplista essa posição de dizer que vai abrir as poucas ruas, porque um pedaço
da Rua dos Andradas, da Rua Dr. Flores, da Rua Vigário José Inácio já foi
aberto; então, vamos abrir o calçadão da Rua da Praia e dizer que está
resolvida a questão do Centro de Porto Alegre? Não! Nós achamos que esse debate
tem uma profundidade muito maior, tem uma profundidade muito maior! Isso é para
alimentar, para fazer, eu diria, matéria de imprensa ou qualquer outra coisa.
Não imagino que o Sr. Prefeito que vai assumir resuma para o Centro da Cidade
apenas a solução de abrir as ruas. Não espero isso. Nós e a sociedade esperamos
um Projeto muito mais acabado, muito mais trabalhado, de quem conseqüentemente
esta Casa será parceira. Não fugirá a sua responsabilidade.
Portanto, nós queremos dizer, Srª Presidenta, que
esse tema, entre outros temas, será eixo, indiscutivelmente, de uma discussão
muito forte nesta Casa, assim como na Cidade em seu todo, porque o Centro da
Cidade não é só daqueles que moram no Centro, o Centro da Cidade é um referencial
da Capital do Rio Grande do Sul, de todos os porto-alegrenses, de todos os
gaúchos. E ele precisa ser tratado com essa envergadura, com esse tamanho e com
essa importância. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, já se
disse que estamos vivendo um momento extremamente importante em Porto Alegre e,
de resto, nos Municípios brasileiros, que é exatamente essa fase de transição,
ou seja, os Governos atuais preparam a Administração para passá-la aos
Governos, aos Partidos, enfim, aos governantes eleitos. Então, é uma fase que,
na minha opinião, passa por cuidados, porque, senão, Srª Presidente, Srs.
Vereadores, as versões podem propor, encaminhar a brigas, a discussões
altamente nocivas ao momento que estamos atravessando. É preciso - nem
precisaria dizer - que haja um perfeito entendimento na troca de informações,
até porque estamos jogando, estamos trabalhando com assuntos seriíssimos, que
são as Administrações. As Administrações têm de iniciar os seus trabalhos - no
caso de Porto Alegre, logo após a posse, no dia 1º de janeiro, nesta Casa -
buscando atender às necessidades da população; não pode haver solução de
continuidade.
Então, quando li no jornal, hoje,
que o Prefeito João Verle anteciparia Receitas, evidentemente isso me preocupou
e preocupa a todos. Por outro lado, num contraponto, há uma manifestação do
futuro Prefeito José Fogaça também com preocupação. Mas tranqüiliza a Casa o
Líder do PT, dizendo que essa questão absolutamente não tem assento nenhum na
realidade, até porque nem pode ser diferente se ajuizarmos as declarações dos
atuais dirigentes do Município exatamente antes da eleição, em que,
reiteradamente, colocaram à opinião pública a situação absolutamente estável,
sem problemas, da Prefeitura de Porto Alegre. O retrato, a fotografia que se
passou à população antes da eleição foi de absoluto controle das finanças
públicas na atual gestão. Reitero - o Líder do PT na Casa tranqüiliza, quando
se tem no jornal essa informação -, Ver. Luiz Braz, de que se trata de uma
versão e que não tem assento na verdade. Isso tranqüiliza, porque precisamos desenvolver
essa fase de transição, e ela está indo bem.
O Sr. Prefeito já disponibilizou
um prédio para o grupo de trabalho da transição e vai exonerar os funcionários
CCs, conforme declarou. Tudo são questões que vêm facilitar as coisas para a
nova Administração. Portanto, temos de ter cuidado, porque as versões podem-nos
levar a conflitos que não interessam aos governantes, não interessam à
população de Porto Alegre e, de resto, aos outros Municípios onde se dá esse
processo de transição.
(Não revisto pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Prezada Presidenta, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, hoje o tema abordado por quase todas as Lideranças foi sobre o
primeiro contato da transição entre o atual Prefeito José Verle e o futuro
Prefeito José Fogaça. Eu acredito, com toda a sinceridade, que essa transição
vai-se dar de forma pacífica. É natural um tensionamento, porque quem chega
quer saber todas as informações e quem está saindo tem que passar as
informações, mas, muitas vezes, não sabe explicitar a totalidade daquelas
informações que estão sendo solicitadas. Acredito que a transição vai dar-se de
forma harmônica.
Também foi bastante discutida aqui
essa celeuma do IPTU, ICMS e IPVA, e já foi dito: ICMS e IPVA não é matéria dos
Prefeitos. O Sr. Governador, como já afirmaram, vai procurar a antecipação
dessas Receitas, e o que os Prefeitos estão solicitando através da Famurs -
Federação de Municípios - é que as Prefeituras possam ser beneficiadas, porque
a grande maioria das Prefeituras Municipais, que não é o caso de Porto Alegre,
estão com um déficit enorme de caixa. Especificamente, na questão do IPTU, no
ano passado, o Município adotou essa questão da antecipação.
E é importante saber - os
Vereadores sabem, mas aqueles que nos assistem em suas casas não - que é claro
que essa antecipação faz um caixa e poderá resolver alguns problemas do mês de
dezembro, mas cada um dos contribuintes do Município de Porto Alegre que tiver
condições e quiser antecipar vai ter o primeiro benefício, idêntico a todos, de
20%, vai ter um desconto de 20% e não vai pagar o IGPM do ano de 2004. Com
isso, eu calculo, vai haver um desconto de 28% a 30%. Isso é algo realmente
significativo e tem de servir sob dois parâmetros. O primeiro, sendo sincero, é
a questão do caixa: realmente o Prefeito que assumir vai estar deixando de
receber uma parcela significativa; por outro lado, a população da Cidade que
tem condições de pagar vai estar perdendo 10% ou 8%, que é o valor do IGPM. Em
cima disso, vai haver a redução de 20%.
Lembro-me de que, no ano de 2001,
quando estava sendo discutida a questão da tributação, este Vereador entrou com
uma Emenda, alterando os prazos no mês de fevereiro. O que acontecia? Até o dia
5 de fevereiro, o desconto era de 15%; até o dia 20 de fevereiro, de 10%. Ora,
o contribuinte que não tem dinheiro até o dia 5 de fevereiro não vai ter
dinheiro no dia 20. O que nós propusemos então? É o que está valendo até hoje:
transferir para março; 10% em março.
Dados estatísticos da Prefeitura
dizem que quase 60% da Receita do IPTU é paga nesses primeiros meses, ou seja,
janeiro, fevereiro e março. Nós sabemos também que, nesses meses, que seriam
aqueles em que a população tem um fôlego maior, pelo recebimento do 13º
salário, que deveria contribuir para o aumento das finanças para as famílias
terem um fim de ano melhor, hoje, a maioria das famílias no nosso País está
sempre no negativo, sempre com débitos. E, quando vêm o 13º salário e as
férias, na realidade esse dinheiro é para pagar grande parte dos tributos e dos
impostos. Nós temos que ver essa matéria sob duas óticas: a primeira é que vai
deixar de entrar Receita e a segunda é que grande parte da população poderá ser
beneficiada com um desconto de 20% e, mais ou menos, 10%, conforme o valor do
IGPM, entre 8% e 10%. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Consulto se alguma Liderança quer se manifestar. (Pausa.)
Havendo quórum, passamos à
Esta Presidência aguarda o acordo
entre as Bancadas em relação à ordem de votação dos Projetos. Estão suspensos
os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h35min.)
A SRA. PRESIDENTE
(Margarete Moraes – às 15h39min): Estão reabertos os
trabalhos.
A Verª Maria Celeste está com a
palavra para um Requerimento.
A SRA. MARIA CELESTE
(Requerimento): Srª Presidente, em acordo com todas as Bancadas,
propomos a seguinte ordem de votação: num primeiro momento, o Requerimento de
autoria da Mesa Diretora para uma Sessão Solene; depois, na seguinte ordem, os
itens que estão no espelho, na Ordem do Dia: PLL nº 101/04, PLE nº 004/04, PR
nº 123/03, PR nº 083/04, PLL nº 010/01, PR nº 059/04, PR nº 103/04, PR nº 104/04,
PR nº 105/04, PR nº 106/04, PLL nº 335/03, PLL nº 008/04, PR nº 073/04, PR nº
074/04, PLL nº 020/04, PLL nº 129/04, PELO nº 004/02, PLL nº 107/03, PR nº
070/03, PR nº 095/03, PLL nº 071/04, PLL nº 167/99. Essa é a proposta de
Requerimento para a ordem de votação dos Projetos na Ordem do Dia.
Em votação o Requerimento, de
autoria da Verª Maria Celeste, relativo à ordem de votação dos Projetos na
Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO pela unanimidade do Plenário.
Em votação o Requerimento nº
143/04, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade do Plenário.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 2288/04 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 101/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Rua
Eliziário Goulart da Silva um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Cristo Redentor. (Rua Vista Alegre)
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do
Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, §
2.º, IV da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 13-09-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes): Em discussão o PLL nº 101/04.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por
22 votos SIM.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0560/04 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO
N.º 004/04, que declara de utilidade
pública o Grêmio Literário Castro Alves.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. Gerson Almeida:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Clênia Maranhão:
pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 04-08-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 004/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Eu quero anunciar a presença do futuro Vereador
desta Casa Ver. Paulo Odone. Seja bem-vindo.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 6917/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 123/03, de autoria do Ver.
Raul Carrion, que destina Sessão Solene anual em comemoração ao Dia do
Trabalhador, na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Parecer:
- CCJ. Relator Ver. Nereu
D’Avila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 22-04-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 123/03. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver.
João Antonio Dib.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 2945/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 083/04, de autoria do Ver.
Raul Carrion, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico
Jorginho do Trompete.
Parecer:
- da CCJ. Relatora
Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 083/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0292/01 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 010/01, de autoria da Ver.ª Maristela
Maffei, que
denomina Rua Odylla Ramos Chika um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Lomba do Pinheiro.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Valdir Caetano:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Elias Vidal:
pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 20-10-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 010/01. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1607/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 059/04, de autoria dos
Vereadores Professor Garcia e Dr. Goulart, que institui a Semana da Mulher e o
Prêmio Mulher em Ação, na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver.João Antonio Dib: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 059/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver.
João Antonio Dib.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4162/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 103/04, de autoria do Ver.
Professor Garcia, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial
ao Tentente-Coronel Joel Prates Pedroso.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 103/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4277/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 104/04, de autoria do Ver.
Professor Garcia, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial
ao Delegado da Polícia Federal Fernando Christoph D’Andrea.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão PR nº 104/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4292/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 105/04, de autoria do Ver.
Professor Garcia, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Professora
Valdeci Noemi Souza Bezerra.
Parecer:
- da CCJ. Relatora Ver.ª Helena Bonumá: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão PR nº 105/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4364/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 106/04, de autoria do Ver.
Professor Garcia, que concede o Prêmio Não às Drogas ao Soldado João Luiz
Correa Motta.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão PR nº 106/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4399/03 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 335/03, de autoria do Ver. Carlos Pestana,
que
autoriza a criação do Centro de Referência do Grafismo (REGRAF) e da Gibiteca
João Batista Mottini e dispõe sobre sua administração. (cria Conselho de
Administração) Com Emendas nºs 01 e 02.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 26-05-04.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLL
nº 335/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. APROVADA
por unanimidade.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL
nº 335/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0078/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 008/04, de autoria da
Ver.ª Margarete Moraes, que institui a Semana Municipal da Leitura e dá outras
providências. Com
Substitutivo n.º 01. (denomina e
estabelece a última semana de setembro para a comemoração)
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela rejeição do Projeto e aprovação do
Substitutivo n.º 01;
- da CEFOR.
Relator Ver. Professor Garcia:
pela rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo n.º 01;
- da CECE.
Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela rejeição do Projeto e aprovação do
Substitutivo n.º 01.
Observações:
-
prejudicada a votação do Projeto, nos termos do art. 55 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 15-09-04.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 2457/04 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº
073/04, de
autoria dos Vereadores Dr. Goulart e
João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Esportista Exemplar
ao Senhor Pedro Paulo Sampaio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 13-09-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão PR nº 073/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 2458/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 074/04, de autoria dos
Vereadores Dr. Goulart e João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de
Honra ao Mérito Atlético ao Senhor Manoel Vilson Deorriste.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 23-08-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 074/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0134/04 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 020/04, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel, que
denomina Rua João Ernesto Schmidt um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Jardim Itu Sabará.
Pareceres:
- da CCJ.
Relatora Vera. Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Vera. Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 020/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 3043/04 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 129/04, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel, que
denomina Rua Bertha Leonora Mückler um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Vila Nova.
Pareceres:
- da CCJ.
Relatora Vera. Helena Bonumá: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Renato Guimarães: pela rejeição do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 10-11-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 129/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05minutos/sem aparte)
2º TURNO
PROC. N.º 2155/02 – PROJETO DE EMENDA À LEI
ORGÂNICA N.º 004/02, de
autoria do Ver. Beto Moesch, que acrescenta o inciso VIII ao § 1º do art. 236
da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (combate a queimadas)
Parecer:
- da Comissão
Especial. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os
turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 01-03-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em votação nominal o PELO nº 004/02. (Pausa.) O
Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar.
O SR. BETO MOESCH: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, um dos
temas mais polêmicos e mais presentes, Ver. Pedro Américo Leal, no Estado do
Rio Grande do Sul e no País são as queimadas. O Brasil é um dos principais
poluidores da atmosfera no planeta não em virtude da sua indústria, mas em
virtude das queimadas que nós promovemos na agropecuária. E esse registro é
altamente negativo para o nosso País não só em termos de imagem, mas porque
isso compromete a nossa economia, empobrece o solo e compromete os recursos
hídricos. O que acontece com as cinzas das queimadas depois que chove? Vão para
os recursos hídricos, ajudando a assoreá-los. Aliás, estamos realizando o Fórum
Mundial das Águas, estavam lá presentes ontem a Verª Margarete Moraes, o Ver.
Sebenelo e este Vereador; nós somos apoiadores desse Fórum. Nós temos de
entender que para defendermos e protegermos o recurso natural temos de proteger
os demais recursos naturais. E as queimadas comprometem sobremaneira os
recursos hídricos.
Por que, então, essa proposta de
Emenda à Lei Orgânica do Município? Porque esta Casa cochilou - isso acontece -
quando elaborou a Lei Orgânica. Ver. Ervino Besson, que representa aqui a Zona
Rural de Porto Alegre, onde há queimadas: um terço do município de Porto Alegre
é Zona Rural, e os morros da Cidade freqüentemente são queimados,
propositadamente. As queimadas são um problema em todo o Estado do Rio Grande
do Sul, inclusive em Porto Alegre, embora a gente não se dê conta disso, e a
Constituição do Estado é clara ao dizer que compete ao Poder Público coibir as
queimadas, responsabilizando os proprietários pelas agressões que advirem dessa
queimada. Art. 252, § 1º, inc. XIII da Constituição do Estado do Rio
Grande do Sul. Mas a nossa Lei Orgânica nada fala sobre isso. Portanto, nós
temos a obrigação de acompanhar a Constituição do Estado e colocar também na
Lei Orgânica a proibição de queimadas.
Vale lembrar aqui o quanto é
polêmico esse assunto, porque a Assembléia Legislativa aprovou a alteração
desse dispositivo na Constituição do Estado, mas o Tribunal de Justiça, por
unanimidade, Ver. Elói Guimarães, alegou inconstitucionalidade perante a
Constituição Federal, ou seja, não se poderia permitir queimadas mesmo que,
entre aspas, controladas, porque é impossível controlar queimadas em quinhentos
hectares, em mil hectares, não há como. Independentemente disso, o que importa
é que o Tribunal de Justiça acabou com a polêmica, por unanimidade, ao julgar
improcedente a proposta da Assembléia Legislativa - por sorte não por
unanimidade - de alterar esse dispositivo da Constituição Estadual.
O que interessa aqui é a questão
jurídica e constitucional. Se a Constituição do Estado proíbe as queimadas,
como é que a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre vai se calar com relação
a isso? A Lei Orgânica tem de acompanhar a Constituição do Estado e também
estabelecer a proibição de queimadas, o que não quer dizer a proibição pura e
simples. E por isso aprovamos uma Lei Ordinária dizendo que cabe ao Poder
Público estabelecer convênios, parcerias com o produtor rural para dar
alternativas às queimadas. Nós não podemos também simplesmente proibir as
queimadas, nós temos que dar alternativa a essa prática que, sabemos, é
secular, e as universidades e o Poder Público podem e devem, em parceria,
oferecer alternativas. Portanto, o que queremos não é a proibição pura e
simples; é mostrar que estamos no século XXI e que não cabe mais a uma
agricultura moderna praticar a queimada. Mas, se a Constituição do Estado
proíbe as queimadas, a Lei Orgânica não pode se calar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
encaminhar a votação do PELO nº 004/02.
O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver. Beto
Moesch, quero parabenizar V. Exª pela sua luta em prol da preservação do nosso
meio ambiente, da nossa qualidade de vida. No ano retrasado, Vereador, no
período do Natal, fiz uma viagem a Pato Branco, no Paraná. E, na travessia do Estado
de Santa Catarina, para a surpresa deste Vereador, eu contei mais de cinqüenta
queimadas no trajeto por que passei. Entrando no Estado do Paraná, não vi uma
queimada sequer. E tive oportunidade de visitar algumas áreas de agricultura
como, por exemplo, plantações de milho, de soja, onde é feito o plantio direto,
sem queimadas. Eu pude perceber a qualidade daquela agricultura. E mais,
fazendo uma visita aos órgãos públicos do Paraná, à própria Prefeitura, à
Câmara Municipal, deu para sentir pelo relato dos Parlamentares que, quando
houve essa mudança, Ver. Beto Moesch, do plantio direto, sem a queimada, a
economia na área agrícola, naquela região do Paraná, teve um grande sucesso.
Então, a sua luta aqui, Vereador, é uma luta que nós admiramos, pela sua tradição;
é um homem que preserva a nossa agricultura, um homem que briga 24 horas por
dia pela preservação do meio ambiente. Quero parabenizar, mais uma vez, V. Exª.
Nós, unanimemente, devemos votar
favoravelmente este Projeto, para que possamos preservar, sim, a nossa área
produtiva e o nosso meio ambiente. Que tristeza, quando acompanhamos hoje aqui
na nossa própria Porto Alegre, as queimadas, as pessoas tocando fogo em locais
de preservação! É um crime que se comete contra a natureza.
Ver. Beto Moesch, talvez V. Exª
esteja preocupado com que não haja quórum para que votemos hoje este Projeto.
Mas eu estou vendo aqui que os Vereadores ouviram o apelo de Vossa Excelência.
E faço mais um apelo nesta tribuna aos colegas Vereadores que estão em seus
gabinetes para que voltem ao plenário a fim de votarmos e aprovarmos este
Projeto, porque, sem dúvida nenhuma, é um Projeto que vai preservar o nosso
meio ambiente, a nossa mata nativa, para que tenhamos, sim, uma melhor
qualidade de vida para essas gerações e outras tantas que virão ao longo de
história. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
encaminhar a votação do PELO nº 004/02 (Pausa.) Desiste. O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 004/02. (Pausa.)
Desiste. Em votação nominal o PELO nº 004/02. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 27 votos SIM, 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 2366/03 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 107/03, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que
oficializa, no âmbito do Município,
a Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre (FEPOAGRO) e dá outras providências.
(inclui na programação o Rodeio Nacional Cidade de Porto Alegre/estabelece
comissão para organização de programação/prevê destinação orçamentária)
Parecer:
- da CCJ.
Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 19-05-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 107/03. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 3896/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 070/03,
de
autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que
institui a Semana da Acessibilidade na Câmara Municipal de Porto Alegre e dá
outras providências. Com Emenda
n.º 01. (institui e define prazo/comissão organizadora /dotação orçamentária)
Pareceres:
- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes:
pela rejeição do Projeto e Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação da
Emenda n.º 01;
- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto
e Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação da Emenda n.º 01;
- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do
Projeto e da Emenda n.º 01;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Goulart: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 13-09-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 070/03. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em votação a Emenda nº 01 ao PR
nº 070/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 5452/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
095/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que altera a Resolução
n.º 1.299, de 13 de novembro de 1995, e alterações posteriores, que institui a
Semana da Consciência Negra e de Ação Anti-Racismo na Câmara Municipal de Porto
Alegre e cria troféu Deputado Carlos Santos.
(antecipa a constituição da comissão em 60 dias)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator
Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 13-05-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 095/03. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1710/04 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 071/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que altera dispositivos
da Lei n.º 3.187, de 24 de outubro de 1968, e alterações posteriores, que
estabelece normas para a exploração do Comércio Ambulante e dá outras
providências. (vida útil/veículos)
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Raul Carrion:
pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Cláudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 04-10-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 071/04. (Pausa.) O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir.
O SR. ADELI SELL: Cara Verª Margarete Moraes, Presidenta desta Casa; meu caro Ver. Nereu
D’Avila, eu peço profundas desculpas porque, como eu assumi aqui na suplência,
não me dei conta de que votaríamos este texto hoje. Acredito que nós podemos,
inclusive, aumentar um pouco a vida útil com uma discussão, com um compromisso
entre nós de verificarmos na próxima Legislatura essa questão, porque, em
relação a esse equipamento Towner, a Lei é genérica. Nós sabemos que na
época V. Exª apresentou aquele conjunto de propostas e negociou inclusive
conosco, com o Governo - eu representava, na época, as posições do Governo
Municipal. Basicamente eram equipamentos Towners, porque aquele
equipamento era mais barato na época, em torno de 11 mil dólares, naquele
período o dólar era igual ao real. Como se faz lanche, e lanche tem sal, há um
conjunto de ingredientes que, com o tempo, acabam deteriorando aquele
equipamento, nós estamos verificando que o equipamento, com sete ou oito anos,
começa a ter problemas no assoalho. Temos um problema de reposição hoje. Algumas
bateram - as de 94 estão batendo - nos 10 anos e, portanto, no ano que vem não
poderão ter alvará. Talvez tenha que se dar mais um ou dois anos
provisoriamente. Talvez seja uma posição bastante sensata, inclusive acho que
foi nesse diapasão que V. Exª pensou o Projeto. Sobre a questão dos quinze anos
- eu tive uma conversa com o pessoal da área e com alguns técnicos - será
impossível, porque ela não tem capacidade de segurar tanto tempo. Não é um
equipamento de boa qualidade nesse sentido.
Nós, inclusive, quando estávamos
na Secretaria, chegamos a discutir com algumas empresas que têm equipamentos
semelhantes. Vou dar o exemplo da Renault. Um carro desse tipo, dessa marca,
custa em torno de 26 a 30 mil reais; é completamente incompatível com esse tipo
de comércio. Portanto, é impossível trocar uma towner por um Renault
hoje. Nós temos que tentar verificar se o equipamento Fiat, por exemplo, é
compatível ou não, temos que verificar com a nossa atual legislação.
Então, se fosse possível
postergarmos a votação por umas duas ou três Sessões, porque talvez as coisas
cheguem a um denominador comum de uma posição transitória. Eu não estou me
opondo a sua posição, estou me opondo apenas à questão dos quinze anos, pois
nós vamos criar um problema e, no ano que vem, teremos que voltar a discutir
esse tema. Eu queria dialogar com V. Exª, peço profundas desculpas por não ter
estado atento - até porque eu assumi aqui como Suplente -, para que a gente
pudesse dialogar sobre esse tema. Eu coloco isso em questão. Gostaria que fosse
possível um adiamento de votação para que a gente possa chegar a um denominador
comum e voltar a discutir essa questão no ano que vem, talvez formando uma
comissão junto com o Sindicato dos Ambulantes e Feirantes do Rio Grande do Sul,
com as associações de venda de lanches. Peço a sua compreensão e desculpas mais
uma vez. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. NEREU D'AVILA
(Requerimento): Srª Presidente, dada a maneira cordial,
cavalheiresca, educada e com autoridade moral de quem há pouco tempo era
Secretário da Indústria e Comércio, aliás com um desempenho bastante positivo,
não vejo nenhum problema, porque acho que a gente tem de sempre procurar ouvir
os contrários. Então, eu pediria o adiamento da discussão do Projeto por duas
Sessões para tentarmos encaminhar as ponderações. Inclusive com relação às
pessoas que nos têm procurado, eles têm urgência, mas essas ponderações do Ver.
Adeli são sérias e nós não temos também problema de açodamento. Então pediria,
por favor, adiamento de discussão do Projeto por duas Sessões.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Nereu
D'Avila, que solicita adiamento da discussão do PLL nº 071/04 por duas Sessões.
(Pausa.) Os Srs. Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 3012/99 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 167/99, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que dispõe sobre
alteração de local de monumentos e estátuas com significação histórica ou
simbólica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela
rejeição do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Goulart: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 15-09-04.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 167/99. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para encaminhar a votação.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, este Projeto tem uma significação, na minha opinião, histórica e de
preservação da fisionomia da Cidade, porque, se nós fecharmos os olhos e
pensarmos na Cidade, vamos situar a Cidade como ela é efetivamente, com os seus
monumentos, com as suas estátuas, com o seu rio, porque vivemos na Cidade e
incorporamos a sua imagem, a sua geografia, a nossa apreensão, a nossa memória.
E alterações muitas vezes desfiguram, sim, a imagem da Cidade. A Cidade é como
um ser humano, um rosto, por exemplo, a fisionomia de uma pessoa, e, fazendo-se
determinadas alterações, essa fisionomia vai-se alterar. A Cidade nos pertence,
e, sendo propriedade material, o seu desenho, as suas estátuas, as suas áreas
históricas, etc., não são levadas em conta, muitas vezes, pela indústria, pela
engenharia urbana, que busca soluções que vêm a agredir exatamente esses
componentes fisionômicos estatuários da própria Cidade. Então, como hoje nós
temos recursos de toda ordem no terreno da engenharia, é possível, sim, não se
agredir determinados monumentos em face de determinadas obras públicas.
Este é o sentido, o significado
do Projeto: fazer com que a Cidade se eternize naquilo que ela tem de algo até
quase sagrado, que são os seus pontos, na minha opinião, imodificáveis. É
evidente que todos nós concordamos com o progresso, ele não pode ser truncado,
é bem verdade. Agora, estabelecer determinados freios a manter-se o desenho, a
geografia da Cidade, principalmente no que diz respeito aos seus monumentos, a
sua história, parece-me um compromisso que ao Legislador não pode faltar. É nesse
sentido que nós estamos com esta iniciativa: o de tentar preservar valores
culturais, valores históricos, os valores da própria natureza, que se integram
no complexo da Cidade. Este Projeto é uma iniciativa que tem essa profundidade,
que nós entendemos possível de se estabelecer, para que se mantenha, de forma
definitiva, essa realidade toda, que se chama “a fisionomia, a geografia” da
Cidade. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 167/99.
O SR. GUILHERME
BARBOSA: Presidenta Margarete Moraes, colegas Vereadores e
Vereadoras, embora reconheçamos o mérito da preocupação do Ver. Elói Guimarães
ao criar este Projeto de Lei, a nossa Bancada, Ver. Elói, votará contra, porque
nós avaliamos que V. Exª com este Projeto enrijeceu completamente as
possibilidades. Quero tomar como exemplo um monumento importantíssimo para a
nossa Cidade, que é o Monumento ao Laçador, na entrada de Porto Alegre. Pretende-se
deslocar esse monumento - muito pouco - do local onde hoje está por uma razão
muito importante para a Cidade de Porto Alegre: nós conseguimos incluir na
programação da 3ª Perimetral uma outra estrutura muito importante, que é o
viaduto sobre a Av. Farrapos, inclusive o Prefeito João Verle, Ver. Nereu
D’Avila, já nominou de viaduto Leonel de Moura Brizola - recentemente falecido.
Esse viaduto terá uma grande importância, porque, quando ele vence a Av.
Farrapos, desce numa outra avenida, chamada Av. Dona Teodora, que será, também,
pelo planejamento, alargada, de tal forma que nós vamos chegar na auto-estrada
de forma rápida, confortável, segura, através da seqüência da 3ª Perimetral.
Para que isso ocorra, pelo
desenho da região, será necessário deslocar o monumento do Laçador em cerca de
cinco metros para o lado, e nós descobrimos, Ver. João Dib, que o Laçador -
inclusive a própria estátua e o local são tombados - não poderia sair daquela
região e do entorno. No entanto, quando estudamos isso, eu fui junto com o
Secretário da Cultura, Vítor Ortiz, conversar com o então Presidente do MTG,
Manoelito Savaris, e ligamos para o grande modelo da estátua, o Paixão Cortes.
Os dois disseram que, se isso fosse necessário, não haveria problema, mas
queriam saber onde é que o monumento iria ficar. E, pelo projeto, a estátua vai
ficar muito melhor destacada do que está hoje. A Prefeitura decidiu fazer,
naquele entorno, o Memorial do Laçador. Terá ali local para que as pessoas
possam parar com segurança, tirar fotografia, coisa que hoje não pode; não há
local, atualmente, adequado na região para parar ou para tirar uma fotografia,
quando estão saindo ou chegando na cidade de Porto Alegre. A estátua vai ficar
mais destacada, mais iluminada, tendo, como eu já disse, o Memorial da sua
história.
O Projeto de Lei do Ver. Elói
enrijece demais, faz com que se perca a possibilidade de se dar destaque a um
monumento que é importante para a Cidade. Portanto, Ver. Elói Guimarães, embora
reconhecendo o mérito que é o de manter o destaque desses locais, desses
monumentos para a Cidade, o seu Projeto é indevido porque enrijece e não
permite, como nesse caso citado, que a gente consiga dar mais destaque do que
há hoje. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 167/99.
O SR. PEDRO AMÉRICO
LEAL: Exma Srª Presidente, Srs. Vereadores, é
neste Projeto, conhecendo a personalidade do seu autor, o ilustre Ver. Elói
Guimarães, que percebo a dissintonia, a falta de nexo quase - atrevo-me a dizer
-, entre a idéia do Vereador e aquilo que ele elaborou, ele deseja que não se
modifique a fisionomia da Cidade, preocupa-se com as características que esta
Cidade tem quanto a suas obras históricas.
E ninguém mais do que eu, que fui
trucidado pelo PT quando imaginei suavizar a fisionomia de Porto Alegre e
contei uma história de muitos anos, da minha mocidade, em que eu relembrava as
primeiras horas quando chegava a esta Capital como aluno da escola preparatória
e notava que Porto Alegre não me abraçava, não me acolhia; Porto Alegre estava
inerte, era uma muralha de antipatia... Então, lembro que o ilustre Ver.
Danéris, Líder do PT, me procurou buscando uma solução para amenizar aquela impressão
que saudosamente tinha eu de tantos anos atrás. Ah, na minha mocidade! Então eu
vejo, através da sensibilidade do Ver. Elói Guimarães, que ele se preocupa,
sim, assim como eu me preocupei e fui rechaçado pelo PT! Rechaçado pelo PT
quando quis cuidar da fisionomia, a mesma fisionomia que V. Exª agora se volta
para sustentar: que não se mexam nos monumentos históricos.
Mas eu acho que V. Exª foi um
tanto cruento, e V. Exª não é assim! Eu o conheço, sei que longe de V. Exª está
essa preocupação de ser rígido. Até teria sido mais consentânea à minha
atitude, militar que sou, uma posição inflexível. V. Exª não é assim, e vejo
que V. Exª não podia, por exemplo, admitir que o Laçador não pudesse se
deslocar cinco, seis ou dez metros se for preciso por motivos da própria
topografia da Cidade, que, repentinamente, sofre uma alteração. Aquelas vias
vão passar por ali, e o que vamos fazer com o Laçador? Então, eu solicito a V.
Exª que nos deixe pensar, Ver. Elói Guimarães, V. Exª já está habilmente
tomando a atitude de solicitar que se conceda uma alternativa para este
Projeto. Então, eu diria: missão cumprida.
V. Exª ouviu os reclamos de todos
seus colegas e também o meu reclamo, pois não quero ser como o PT, que,
inclementemente, trucidou a fisionomia de Porto Alegre. Aonde anda o Ver.
Danéris que me prometeu repensar em tudo isso? Não sei; tão simpático era ele,
mas desapareceu deste Plenário e deixou-me sem apelação, sem possibilidade de
reformulação de minhas pretensões! Vejo que V. Exª, Ver. Elói Guimarães, está
cedendo a meu pedido, é o pedido de todo Plenário.
(Revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Elói
Guimarães, o PLL nº 167/99. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Há apenas
quatro Vereadores presentes, não há quórum.
Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às
16h43min.)
* * * * *